Pronunciamentos na tribuna nesta quarta-feira
Durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (5), parlamentares abordaram temas diversos, com destaque para debates culturais, denúncias de racismo e críticas políticas. Sofia Cavedon (PT) destacou reunião sobre a Lei Rouanet e questionou o cumprimento de dívidas da CEEE Equatorial e a reformulação do IPE Saúde. Pepe Vargas (PT) criticou a Aegea-Corsan por destinar recursos culturais fora do RS. Marcus Vinícius (PP) e Dimas Costa (PSD) manifestaram solidariedade ao vereador Michel Promove, vítima de racismo, enquanto Halley Lino (PT) defendeu o Bolsa Família contra discursos de desincentivo ao trabalho. Leonel Radde (PT) condenou a violência policial e a política da extrema direita, e Cláudio Branchieri (Podemos) fez críticas à gestão do PT e ao Ministro da Fazenda Fernando Haddad, além de defender a privatização da CEEE.
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11/6/20254 min read


Pronunciamentos na tribuna nesta quarta-feira
Confira o resumo dos pronunciamentos no período das Comunicações Parlamentares da sessão ordinária desta quinta-feira (23). A íntegra pode ser ouvida pelo site da AL em Sessão Plenária/Áudios.
Sofia Cavedon (PT) fez menção à reunião que acontecerá amanhã (6) na Assembleia Legislativa com empresários e artistas para tratar da Lei Rouanet. O evento é de iniciativa da presidência da Casa e tem por objetivo estimular o setor empresarial a colaborar com a produção cultural gaúcha. O Rio Grande do Sul, conforme a parlamentar, é o segundo estado em número de projetos financiados pela Rouanet e o quarto em captação de recursos. Atualmente, são 595 projetos incentivados. Sofia acredita, no entanto, que há espaço para ampliar o número de projetos e o volume captado.
Marcus Vinícus (PP) se solidarizou com o vereador Michel Promove (PP), de Pelotas, que na noite de terça-feira (5) foi vítima de racismo. O deputado relatou que o vereador participava de uma audiência pública na Câmara de Vereadores quando foi alvo de ofensas racistas disparadas por um grupo de cidadãos ligados à causa animal. “Manifesto toda a minha solidariedade ao vereador Promove, que tem como bandeiras diversas causas sociais. E acredito que as pessoas que proferiram as ofensas deveriam ter saído do local presas”, defendeu.
Prof. Cláudio Branchieri (Pode) repercutiu a eleição do socialista Zohran Mamdani para comandar a prefeitura de Nova York. Disse que o novo prefeito é um radical que renega todos os valores que tornaram Nova York uma das capitais do mundo. Criticou a plataforma do político, que considera ruim do ponto de vista dos costumes e péssima quando a questão é a economia. “Ele nasceu em Uganda e, no lugar de transformar Uganda em Nova York, vai transformar Nova York em Uganda”, criticou, elencando medidas como congelamento de aluguéis por quatro anos, implantação de mercearias e mercados públicos e instituição de transporte público gratuito.
Pepe Vargas (PT) criticou a política de incentivo cultural adotada pela Aegea-Corsan. Segundo ele, a empresa destinou, por meio da Lei Rouanet, R$ 5,8 milhões, mas apenas um projeto do Rio Grande do Sul, no valor de R$ 570 mil, foi contemplado pela concessionária. “Antes da privatização, a Corsan apoiava iniciativas culturais do Rio Grande. Agora, usa os recursos do povo gaúcho para incentivar projetos pelo Brasil afora”, apontou. Pepe afirmou ainda que, do R$ 5,8 milhões, R$ 3,3 milhões foram destinados a projetos da Região Sudeste, R$ 500 mil para Região Norte e R$ 1,4 milhão para a Região Sul, sendo dois projetos do Paraná e apenas um do Rio Grande do Sul.
Leonel Radde (PT) falou sobre a megaoperação no Rio de Janeiro e o descaso da extrema direita para com os servidores públicos, especialmente os policiais. O deputado citou casos de homicídios policiais em 2015, 2017 e 2019 e afirmou que os “neoliberais da extrema direita fazem políticas que destroem o serviço público”. Finalizou ao criticar o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) por ter dito que a megaoperação foi “um sucesso.”
Dimas Costa (PSD) expressou sua solidariedade ao vereador Michel Promove (PP) e respondeu à fala do deputado Pepe Vargas (PT) em relação à venda e privatização da CEEE Equatorial. Segundo o parlamentar, é impossível comparar os oito anos do governo de Eduardo Leite com outros anos de gestão do PT, visto que o Rio Grande do Sul finalmente está, agora, “no caminho certo”. Encerrou afirmando que “agora estão sendo encontradas as soluções para os problemas”, por parte do governo estadual.
Halley Lino (PT) garante que a premissa de que o Bolsa Família leva o trabalhador a não mais procurar vaga de emprego é uma mentira dita sistematicamente no país. "Só no Rio Grande do Sul mais de 100 mil pessoas saíram do Bolsa Família e no Brasil mais de 2 milhões. O governo do Partido dos Trabalhadores tem hoje o menor índice de desemprego desde 2012", argumentou.
Sofia Cavedon (PT) inicialmente suspeita que a CEEE Equatorial pode não estar cumprindo com o pagamento de dívida de ICMS com o governo do Estado, conforme estabelecido durante a venda da companhia. Depois, aborda o tema da reformulação do IPE Saúde, promovida pelo governo Eduardo Leite. Segundo ela, usando dados do balanço de 2024 da instituição, o número de usuários reduziu em 12%.
Prof. Claudio Branchieri (Podemos) disse que o estado da Bahia, governado pelo PT, paga o menor salário para os policiais militares no país e o estado do Ceará paga o menor salário para o policial civil. Posteriormente, afirmou que antes da venda pelo governo do Estado, a CEEE acumulava dívidas bilionárias com passivos trabalhistas, previdenciários e com o ICMS. "Além do passivo, o governo não tinha dinheiro para investimentos. Os postes e os fios estavam caindo. Com a venda, começou a receber 1 bilhão anual de ICMS, mais o parcelamento do ICMS vencido", sustentou.
Branchieri voltou à tribuna para criticar as declarações do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que neste ano o país terá o maior crescimento econômico dos últimos quatro anos e o melhor resultado fiscal do período. "Eu acho que o ministro está numa fase de delírios, acho que venceu o remédio e o psiquiatra que o atende precisa mudar a fórmula da medicação", declarou.
*Colaboração de Laura Bender (estagiária de Jornalismo) e Vicente Romanoa
Por: Olga Arnt - MTE 14323* | Agência de Notícias
Foto: Raul Pereira ALRS
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